Paralelo Imperfeito (Oriza Martins)



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Paralelo Imperfeito
Descem a encosta dos montes
As águas frias, barrentas,
Resultantes das tormentas
Que assolam suas fontes…
Assim também os meus sonhos
Resvalam pelas vertentes
De lutas intermitentes
Em ingratos horizontes…

As águas dos temporais,
Limpas, cíclicas, retornam
E a natureza transformam
Em fascinantes caudais…
Mas meus ciclos de bonança
Relutam em retornar
E novas chances me dar
De ver os sonhos reais…

Se a água pura, em descida,
Fertiliza a natureza,
Sacraliza com beleza
A união que gera a vida,
Nos ciclos de meu viver
Dissolvem-se as esperanças
Mescladas com as lembranças
De cada ilusão perdida…


Numa Tarde Chuvosa (Richard Mathenhauer)





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